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05/Oct/2023

Frango: Brasil é principal fornecedor de carne à UE

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) o Brasil deve manter a posição de principal fornecedor de carne de frango da União Europeia (UE) em 2023. Mas, o número de concorrentes externos no mercado europeu dobrou: agora são quatro (Brasil, Tailândia, Reino Unido e Ucrânia). Pelas facilidades recebidas em decorrência da guerra, no ano passado a Ucrânia exportou os países da União Europeia quase o mesmo volume de carne de frango fornecido pela Tailândia. Os índices de participação mais recentes (2022) são aproximados. Mas, é certo que a participação brasileira recuou a menos da metade: superava 85% no triênio 2006/2008, e não foi além de 40% no ano passado.

O Brasil permanece na liderança, mas agora é perseguido de perto pelas exportações do Reino Unido, cerca de 35% do volume fornecido pelos quatro países, enquanto Tailândia e Ucrânia detêm algo em torno de 23% e 21%, respectivamente. Impulsionada pela forte demanda interna, a produção de carne de frango da União Europeia deve aumentar não só neste ano, mas também em 2024. A expansão maior ocorrerá em 2023, aproximando-se de 1,5%. Efeito da normalização pós-pandemia e, sobretudo, da intensificação do turismo local. Mesmo assim, a previsão de aumento em 2024 não vai muito além de 0,5%. Cerca de um quinto desses volumes continuarão vindo da Polônia, maior produtor de carne de frango da União Europeia. Mas, o que deve apresentar expansão bem mais significativa em 2023 são as importações. Segundo o USDA, devem chegar às 750 mil toneladas, volume que representa aumento de 6,5% sobre 2022 e deve reduzir o superavit comercial no setor.

O maior beneficiário dessa expansão tende a ser a Ucrânia, favorecida por um tratamento que, praticamente, a coloca como país-membro da União Europeia (isto é, sem restrições de caráter alfandegário). Mas, já com o protesto de parte da avicultura europeia. Os protestos aumentam na medida em que grande parte dos países-membros da União Europeia convivem com dificuldades nas exportações, devido à ocorrência generalizada no bloco de surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Em 2023, a União Europeia deve aumentar ligeiramente o volume exportado. Mas a previsão para 2024 é a de que permaneçam nos mesmos níveis deste ano. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.