ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Sep/2023

Leite: rebanho leiteiro do Uruguai resistiu à seca

De acordo com dados preliminares divulgados pela DICOSE, o rebanho de vacas leiteiras do Uruguai apresentou uma leve queda e crescimento notável para novilhas. No caso das vacas, contando as vacas leiteiras e secas, somaram 378.936 cabeças, uma queda de 3% em relação às 389.872 registradas em 2022. Os dados de novilhas, de 1 a 2 anos e mais de 2, passaram de 105.910 cabeças para 115.841, um crescimento expressivo de 9%. Os bezerros passaram de 121.346 cabeças para 123.599, um crescimento anual de 1,8%. Segundo o Inale, foi a que menos afetou a seca em termos de manutenção do gado e produção de leite.

Uma possível explicação para esse cenário é a aposta dos produtores de "tirar as vacas com pior desempenho". Eles têm as novilhas de 1 a 2 anos para entrar mais no final do ano ou no ano que vem. É uma estratégia para baixar custos. Dois fatores-chave influenciaram nisso: de um lado, o bom preço do leite ao produtor no primeiro semestre, que chegou a US$ 0,45 por litro. Puxado por um Brasil muito exigente que comprava quase 60% do leite em pó a quase US$ 4 mil. Esse preço do leite permitiu que os produtores de leite investissem para manter os produtores de leite em reservas e concentrados e ter uma boa produção que praticamente não caiu apesar da estiagem. Mas, esse apoio do rebanho e da produção tem como contrapartida um endividamento pesado.

Houve muito financiamento de longo prazo da indústria para atravessar a crise. Esse custo estimado em US$ 130 milhões para o setor leiteiro é o peso para o setor. Agora, a expectativa é positiva para primavera, com gado com potencial para produzir, mas a dívida de US$ 130 milhões equivale a mais ou menos 6 centavos por litro por um ano, disse o Inale. O endividamento aparece como o grande desafio no imediato, em um contexto de baixos preços internacionais e queda acentuada dos preços ao produtor. A dívida que era impagável com uma primavera perfeita e bom preço agora vai ser muito menos pagável com uma primavera perfeita, mas um preço pior. Fonte: Blasina y Asociados. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.