ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

21/Sep/2023

Leite: enzimas para reduzir as emissões de metano

Mais leite, menos aquecimento: essa é a promessa de uma fórmula probiótica desenvolvida para vacas. Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram enzimas naturais que reduzem a quantidade de metano que aquece o planeta expelido pelo gado. As enzimas, fornecidas em um suplemento probiótico, poderiam reduzir o metano das vacas em pelo menos 80%. Dado que o metano proveniente da agricultura é o problema climático mais complicado da Nova Zelândia, a descoberta entusiasmou um grupo de investimento agrícola, que investiu US$ 4,1 milhões nos próximos testes da fórmula. Os pesquisadores testaram o impacto da enzima num rúmen artificial.

Em seguida, passarão para animais reais, avaliando diferentes formas de administrar o suplemento e medindo o que acontece com as emissões de metano, o consumo de ração e a produção de leite. As enzimas podem ter um impacto significativo na pegada de efeito estufa do gado. Sabe-se que, no mínimo, estas enzimas podem eliminar 80% do metano, mas o objetivo final da pesquisa é a eliminação completa do metano. Além disso, a fórmula deve oferecer uma melhoria significativa na saúde animal. As vacas também poderiam produzir mais leite e carne. Ambos os ganhos poderiam aumentar a produtividade e a rentabilidade de uma propriedade.

Os pesquisadores esperam que as vacas só precisem de tomar o suplemento uma vez por dia, o que significa que os produtores de leite poderão fornecer à vaca na hora da ordenha. Ainda não há data para conclusão dos testes ou quando o produto probiótico poderá estar disponível para as fazendas. Mas, o objetivo é ter essa tecnologia nas mãos dos produtores o mais rápido possível. A AgriZero (parceria entre o governo e empresas incluindo Fonterra, Silver Fern Farms e Synlait) foi o maior investidor na start-up. Para a AgriZero, a pesquisa tem potencial para ser um verdadeiro avanço. O uso de enzimas foi uma abordagem nova para atingir o metano. O probiótico deve tornar as enzimas muito mais eficazes. Esse é o objetivo e certamente é o caso no laboratório.

Embora a pesquisa enzimática esteja numa fase relativamente inicial, o investimento da AgriZero permitirá aos produtores de leite da Nova Zelãndia estarem na vanguarda do sucesso futuro do produto. Se a próxima rodada de testes for bem-sucedida, serão realizadas mais pesquisas nas fazendas da Nova Zelândia. Isso garantirá que o produto receba aprovação regulatória mais rapidamente. A AgriZero investe em empresas que desenvolvem tecnologias que possam permitir à agricultura reduzir ambiciosamente o seu impacto climático. Os agricultores precisarão de pelo menos duas ou três ferramentas e tecnologias comprovadas e de uso generalizado até 2030. Fonte: Stuff.co.nz. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.