21/Sep/2023

A oferta enxuta de bois terminados no mercado spot e a necessidade de frigoríficos sem boitéis ou contratos de fornecimento com parceiros continuam dando sustentação às cotações do boi gordo e viabilizando altas, especialmente em São Paulo. Também são observadas altas em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins e outras regiões pecuárias. Parte dos frigoríficos tem tido necessidade de fortalecer escalas de abate após semanas de oferta mais enxuta por parte dos pecuaristas, mas a diferença é que os grandes players ainda conseguem isso fora do mercado spot, com pecuaristas parceiros ou boitéis.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 215,00 por arroba a prazo e o "boi China", a R$ 220,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação do boi gordo está entre R$ 210,00 e R$ 212,00 por arroba a prazo e o "boi China" é negociado a R$ 215,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação está entre R$ 200,00 e R$ R$ 212,00 por arroba a prazo, a depender da região do Estado. O mercado apresenta fundamentos mínimos para manutenção dos atuais patamares, com possibilidade de novas altas no curtíssimo prazo, haja vista que há movimentos de represamento dos bovinos por parte de pecuaristas, de modo a buscar preços mais altos. Em Mato Grosso, há relatos de empresas com escalas de abate até a primeira semana de outubro, formadas por gado comprado de confinamentos ou boitéis próprios, o que pode limitar altas no Estado.