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19/Sep/2023

CNA pede ações do governo em apoio à pecuária

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu ao Ministério da Agricultura medidas emergenciais em socorro aos pecuaristas, em virtude da queda brusca de preços do leite e do boi gordo. Entre as ações, todas voltadas a crédito, a CNA reivindica a criação de linhas emergenciais de crédito rural e a prorrogação de operações de custeio e investimento de operações de financiamento para pecuaristas prejudicados pela queda das cotações. Tais medidas são necessárias para a manutenção da produção de proteínas animais no campo, com vistas a garantir a geração de empregos e divisas no País, evitando a saída de produtores da atividade e a possibilidade de desabastecimento desses alimentos no médio e no longo prazo.

O documento foi endereçado ao ministro da Agricultura, Carlos Favaro. Nele, o pedido é justificado em virtude das quedas abruptas que vêm ocorrendo no mercado das proteínas animais. As cotações do boi gordo apresentam recuo expressivo em 2023, como, por exemplo, a queda de 34,1% do preço do boi gordo em São Paulo em um ano, na base setembro. A corrosão das margens do setor fica evidenciada ao verificar a queda de 41,3% no período, retornando aos patamares de 2020. Em relação ao leite, o setor sofre impacto de elevadas importações do produto, que somam 1,42 bilhão de litros de janeiro a agosto deste ano.

O valor do leite recebido pelo produtor retraiu cerca de 27% nos últimos 12 meses, ao passo em que os desembolsos reduziram apenas 7,4% no período, corroendo as margens de um setor composto majoritariamente por pequenos e médios produtores. A CNA também pede a criação pelo governo de uma linha de crédito de capital de giro para produtores que não queiram comercializar o produto no cenário de preços baixos e aumento do prazo de reembolso da contratação de crédito de custeio pecuário com recursos obrigatórios direcionados para retenção de matrizes bovinas.

Ouro pleito da entidade é a prorrogação das operações contratadas entre 1º de janeiro de 2021 e 1º de setembro de 2023 para produtores que comprovarem a dificuldade temporária para reembolso do crédito em virtude da queda dos preços ou dificuldades de comercialização. Ainda no âmbito de crédito, a CNA sugere ao governo a concessão de novos prazos para o reembolso dos créditos de custeio com recursos controlados, inclusive os dos fundos constitucionais, contratados de 1º de setembro de 2023 a 1º de janeiro de 2025 e a autorização de renegociação para as operações de crédito rural contratadas e vencidas entre 1º de janeiro de 2021 e 1º de setembro de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.