11/Sep/2023
A Frigol, quarto maior frigorífico do Brasil, atrás de JBS, Minerva e Marfrig, deve fechar 2023 com produção de carne bovina 22% maior, mas o faturamento deve cair cerca de 10%. O resultado excepcional em 2022, quando a receita líquida atingiu R$ 3,6 bilhões, dificilmente se repetiria neste ano, de preços mais baixos pagos pela proteína. Além disso, a suspensão temporária das exportações brasileiras à China, principal comprador de carne bovina do País, após um caso atípico do “mal da vaca louca” no Pará, afetou o desempenho da empresa.
A Frigol fechou o primeiro trimestre com prejuízo nas contas e, no segundo, com lucro menor ante igual período de 2022. Com os preparativos para o Ano Novo Chinês em fevereiro, espera-se uma retomada dos embarques para China. O mercado chinês está em processo de ajuste após a pandemia, mas a empresa está otimista com uma tendência de alta, mesmo que sutil, dos preços pagos. A Frigol abriu em agosto um escritório em São Paulo (SP) para ficar mais próxima do mercado financeiro e tem focado na gestão profissional para crescer.
O cenário é positivo para 2024, com a perspectiva de produzir 25% mais carne; custos do boi em baixa no Brasil e maior firmeza da demanda chinesa. As exportações representam 50% da receita, ante 20% há três anos. No mercado doméstico, essencialmente no estado de São Paulo, a Frigol quer ampliar a fatia da receita vinda de produtos de maior valor agregado, que hoje representa 20%, por meio de açougues remodelados em supermercados. Também há planos, para 2024, de elevar a parcela da dívida de longo prazo, de 40% para 60%. Emissão de títulos verdes está no radar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.