08/Sep/2023

O ritmo de negociação envolvendo o boi magro está especialmente lento nas últimas semanas em praticamente todas as regiões. Muitos agentes indicam não ter nem mesmo valor de referência para essa categoria. Ainda que as exportações venham demandando um volume significativo de bois para engorda, parte dos frigoríficos e de confinadores aposta na parceria com produtores, buscando adquirir bovinos ainda quando bezerros, o que acaba reduzindo a demanda por bois próximos da terminação.

Em certos casos, a demanda externa por bois mais jovens e a diminuição do tempo para terminação (obtido com o uso de tecnologias) fazem com que o período de terminação seja mais precoce, contexto que também explica a menor liquidez envolvendo bovinos por volta de 24 meses. Outro fator, ainda, é a desvalorização acentuada do boi gordo, que desestimula a reposição, sobretudo em casos em que a terminação ocorre no pasto.

Em agosto, o preço médio do boi gordo em São Paulo cedeu 12,14%, passando de R$ 250,81 por arroba em julho para R$ 220,36 por arroba no mês passado, ao passo que o boi magro se desvalorizou 8,68%, saindo de R$ 3.189,06 por cabeça para R$ 2.912,32 por cabeça. Em um ano, o preço do boi gordo caiu 24,44% e o do bovino de 18 a 24 meses, 20%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.