08/Sep/2023
As cotações médias da carcaça especial suína e da carcaça casada bovina registraram fortes recuos em agosto, ao passo que o preço do frango inteiro resfriado subiu. Nesse contexto, a proteína suinícola perdeu competitividade frente à bovina, mas ganhou em relação à de frango. Em São Paulo, no atacado, o preço médio da carcaça especial suína caiu 5,3% entre julho e agosto, para R$ 9,28 por Kg no último mês. O movimento de queda dos preços é justificado tanto pela baixa demanda quanto pela oferta elevada do produto. Para a carne bovina, o valor recuou fortes 5,4% em relação ao mês de julho, para a média de R$ 16,21 por Kg em agosto.
A pressão sobre os valores também veio da oferta abundante e da demanda enfraquecida. No campo, além do já elevado número de bois prontos para abate, pecuaristas passaram a ofertar ainda mais lotes no spot nacional em agosto, temendo novas desvalorizações. Do lado da demanda, muitos agentes de frigoríficos reduziram o ritmo de aquisição, devido ao alongamento das escalas de abate e aos menores preços pagos pela China pela carne bovina brasileira. No mercado da carne de frango, apesar de os preços terem registrado baixas no encerramento do último mês, devido ao tradicional enfraquecimento das vendas no período, as fortes altas registradas na maior parte de agosto garantiram médias mensais superiores às de julho.
Assim, o valor do frango inteiro resfriado subiu expressivos 10,8% entre julho e agosto, para a média de R$ 6,20 por Kg no último mês. Diante desse cenário, a diferença entre os preços das carcaças bovina e especial suína diminuiu 5,5%, passando de R$ 7,33 por Kg em julho para R$ 6,93 por Kg em agosto, evidenciando a perda de competitividade da carne suína frente à concorrente. Em relação à proteína de frango, verificou-se forte queda de 26,8% na diferença entre as cotações, para R$ 3,08 por Kg em agosto, indicando o aumento da competitividade da carne suína frente a essa substituta. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.