06/Sep/2023
Os frigoríficos estão distantes do mercado e os pecuaristas também estão mais retraídos em virtude dos valores pouco atrativos indicados para o boi terminado. Em Mato Grosso do Sul, a oferta mais restrita chega a provocar reações de preços, ainda que tímidas. Na grande maioria das regiões pecuárias, contudo, os preços se mantêm estáveis. Surgem sinais de possíveis altas adiante, tendo em vista que os preços da carne bovina no atacado subiram na última semana e há expectativa de novos reajustes nos próximos dias, impulsionados por um eventual maior consumo no feriado de 7 de setembro.
Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 195,00 por arroba a prazo e o "boi China" é negociado a R$ 200,00 por arroba a prazo. Nos últimos 30 dias, o boi gordo já se desvalorizou 15,23% no estado de São Paulo. A queda só não é maior que no Rio Grande do Sul, onde chega a 16,37% em 30 dias. Em Mato Grosso do Sul, há dificuldade de se efetivar negócios por valores abaixo de R$ 200,00 por arroba. A oferta é enxuta por parte de pecuaristas que buscam garantir margens que minimamente se sobreponham às relações de custos atuais. Em Mato Grosso e em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 180,00 por arroba a prazo.
Em São Paulo, no atacado, há possibilidade de altas sustentadas pelo consumo atrelado ao feriado de 7 de setembro e pelo pagamento dos salários na primeira semana do mês. As cotações da carcaça da vaca e da novilha casada apresentam alta de 2,9% e 2,7% nos últimos sete dias, respectivamente, para R$ 12,50 por Kg e R$ 13,35 por Kg. O preço da carcaça casada de bovinos castrados apresenta avanço de 4,1% no mesmo comparativo, para R$ 14,00 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros tem alta de 5,1% nos últimos sete dias, para R$ 13,18 por Kg. O traseiro do boi segue sendo negociado a R$ 17,10 por Kg. Tanto o dianteiro como a ponta de agulha estão cotados a R$ 12,10 por Kg.