05/Sep/2023

Os preços do boi gordo estão estáveis em São Paulo e mostram leve reação em Mato Grosso do Sul e Tocantins, o que pode ser reflexo de uma vagarosa redução da oferta em algumas regiões. Em outras, contudo, os preços continuam se desvalorizando. A demanda doméstica segue fraca e as indústrias enfrentam dificuldades para escoar a produção estocada, ao mesmo tempo que as exportações e os preços pagos no mercado externo pela carne brasileira ainda não dão sinais firmes de recuperação. Em São Paulo, com boa parte das indústrias frigoríficas ainda fora das compras, o boi gordo continua sendo negociado a R$ 195,00 por arroba e o "boi China", a R$ 200,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 192,00 por arroba à vista e R$ 197,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 187,00 por arroba a prazo. Estes movimentos apontam para um próximo momento de interrupção nos recuos incisivos dos últimos meses. Entretanto, o escalonamento das cotações ainda parece estar distante, tendo em vista que reportes de grandes dificuldades em escoar a produção no mercado interno se dão por todas as regiões do País. Em Minas Gerais e Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 185,00 por arroba a prazo.

Setembro deve trazer maior estabilidade aos preços, indicando que o piso ultrapassou o custo marginal das operações pecuárias e repeliu todos os investimentos projetados para esta etapa do ano. Importante destacar a relevância da demanda neste mês, já que dela depende a redução dos estoques da indústria e seu retorno às compras de gado. Em São Paulo, no atacado, a cotação da carcaça da vaca casada segue em R$ 12,15 por Kg, a da novilha casada, a R$ 13,00 por Kg, a da carcaça casada de bovinos castrados em R$ 13,44 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros está cotada a R$ 12,54 por Kg. O traseiro do boi é negociado a R$ 17,10 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha estão cotados a R$ 12,10 por Kg, ambos.