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04/Sep/2023

Emater-RS: relatório sobre a cadeia produtiva do leite

De acordo com o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul, elaborado pela Emater-RS e que reúne informações coletadas pelos extensionistas rurais nos 497 municípios do Estado, houve um crescimento médio de 14% na produção de leite quando comparados os anos de 2021 e 2023. Em 2023, foram produzidos 317,17 litros/dia/estabelecimento enquanto em 2021 o volume registrado foi de 278,15 litros/dia/estabelecimento. O número de produtores de leite vinculados à indústria passou de 40.182 em 2021 para 33.019 em 2023, redução de cerca de 18%.

O número fica ainda mais expressivo quando comparado ao primeiro ano de realização do diagnóstico (2015), que indicava a existência de 84.199 estabelecimentos, o que corresponde a uma redução de 60,78% em oito anos. Entre os fatores que contribuem para que as famílias deixem a atividade leiteira estão o preço pago pelo litro do leite, apontado por 49,89%, a mão de obra (45,96%), o custo de produção (42,11%) e a dificuldade na sucessão familiar (41,91%). Quanto ao volume de leite produzido anualmente pelos empreendimentos ligados à indústria, a redução foi de 8,91% quando comparado aos dados de 2015 (4.212.031.137 litros) e 2023 (3.836.803.185 litros).

A redução no volume de leite produzido se deve a diversos fatores, tais como a falta de chuva que resulta na redução das pastagens (tanto em volume quanto em qualidade) e para a dessedentação animal, o aumento no custo do alimento concentrado e o estresse calórico. O volume basicamente consegue se manter porque os produtores que saem da atividade são produtores de menor volume de produção e de área. Em 2015 predominavam os produtores com até 100 litros de leite por dia. Hoje predominam as faixas de produtores entre 200 e 500 litros de leite ao dia.

Outro dado apresentado no relatório é que a maior parte da produção leiteira no Estado continua a ser à base de pasto com suplementação, representando 84% das Unidades de Produção. No entanto, muitos produtores migraram para a produção em semiconfinamento (10,65%) e em confinamento (5,35%). Quanto ao padrão genético, a predominância é de bovinos da raça Holandês (67,03%), seguida pela Jersey (15,65%) e Holandês X Jersey (13,74%). O número médio de vacas leiteiras por estabelecimento cresceu para 23,31.

Quando comparado a 2015, quando a média de animais por estabelecimento era de 13,95, o aumento no rebanho teve um crescimento de 67,10%. A produtividade passou de 11,76 litros/vaca/dia em 2015, para 15,37 litros/vaca/dia em 2021 e 16,34 litros/vaca/dia em 2023. Um crescimento de 39,01% quando comparado o período de 2015 a 2023. Isso se deve à capacitação dos agricultores, que têm investido na profissionalização da atividade para produzir leite de qualidade e reduzir os custos de produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.