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31/Aug/2023

Suíno: preços do vivo e da carne estão pressionados

As quedas nas cotações do suíno vivo em agosto têm reduzido significativamente o poder de compra dos suinocultores frente aos principais insumos consumidos na atividade, milho e farelo de soja, sobretudo em relação ao derivado da oleaginosa. O enfraquecimento da procura por carne suína tem levado indústrias a demandarem um volume menor de suínos para abate, resultando em pressão sobre os preços. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo registra média de R$ 6,28 por Kg em agosto, recuo de 5,4% em relação à de julho. No mercado de milho, os preços apresentam baixa de 3% frente a julho, com o cereal negociado na média de R$ 53,32 por saca de 60 Kg em agosto.

A pressão sobre as cotações vem do avanço da colheita de uma produção recorde. No entanto, vale ressaltar que a desvalorização do milho não tem sido suficiente para sustentar o poder de compra do suinocultor frente a esse insumo, visto que as cotações do suíno estão caindo com mais intensidade neste mês. Em relação ao farelo de soja, a firme demanda, principalmente do mercado externo, tem elevado os prêmios de exportação no Brasil e, consequentemente, os valores domésticos. O derivado é negociado na média de R$ 2.253,47 por tonelada neste mês, 0,5% superior à registrada em julho. Diante desse cenário, levando-se em conta os suínos negociados na região produtora de São Paulo e os insumos comercializados no mercado spot da região de Campinas (SP), na média de agosto, o suinocultor consegue adquirir 7,07 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno, 2,5% a menos que em julho.

De farelo de soja, o produtor consegue comprar 2,79 Kg neste mês, recuo de 5,9% frente ao volume de julho. As cotações do suíno vivo seguem em queda na maioria das regiões, influenciadas pelo típico enfraquecimento da demanda doméstica em fim de mês e pelo aumento da concorrência com a proteína bovina, cuja disponibilidade no mercado também está alta. Em Minas Gerais, na região de Ponte Nova, o suíno vivo tem média de R$ 6,27 por Kg, queda de 3% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o movimento também é de desvalorização intensa nesses últimos dias. A carcaça especial suína registra queda de 3,9% nos últimos sete dias, para R$ 8,89 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.