31/Aug/2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite) pediu ao governo medidas estruturantes de médio e longo prazo para a cadeia leiteira, em meio à crise de baixos preços pagos ao produtor e ao aumento expressivo das importações de lácteos. O pleito foi levado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em reunião com mais de 30 entidades do setor na terça-feira (29/08). Há necessidade de ações estruturantes, além das já anunciadas que são bem-vindas pelo setor. Ações para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade.

Essas medidas estruturantes passam pela agenda de competitividade. O setor precisa não só de medidas a curto prazo, para se resolver a crise que se instalou em decorrência das importações predatórias recordes, mas que também possa se desenvolver por meio do grupo de trabalho interministerial ações estruturantes com o setor privado para que tornar o País mais competitivo. Carlos Fávaro se mostrou interessado em continuar a trabalhando a pauta do setor leiteiro com o grupo interministerial. Um dos objetivos do setor é inserir o leite na pauta das exportações brasileiras.

Hoje, há risco de desabastecimento no médio prazo, pelo fato de que o Brasil está voltando a ser dependente das importações. As importações passaram a responder entre 11% e 12% do leite consumido no País ante 3% da média histórica. Essa situação já ocorreu no passado, quando o Brasil importava 30% do que consumia. Isso é uma ameaça e a importação não diminuiu os preços pagos pelo consumidor no varejo. O governo já anunciou destinação de R$ 200 milhões para compras públicas de leite em pó e elevou alíquotas de importação de lácteos fora do Mercosul como medidas emergenciais de socorro ao setor leiteiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.