30/Aug/2023

A negociação no mercado físico é fraca e há relatos de quedas no preço do boi gordo. A firme liquidação de bois confinados, escalas alongadas de abate, demanda doméstica fraca e preços de exportação mais baixos seguem sendo apontados como razões da baixa em algumas regiões e estabilidade em outras. No atacado, também se observa reduções dos preços de diversos cortes de carne bovina, reflexo da demanda fraca, o que reforça o cenário baixista. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 205,00 por arroba a prazo. O "boi China" continua sendo cotado a R$ 210,00 por arroba a prazo.

Muitos frigoríficos estão fora das compras, aguardando o resultado das vendas de carne no fim de semana passado para definir os preços que serão ofertados a pecuaristas. As escalas de abates seguem formadas por bovinos provenientes de confinamento próprio ou de negociações de frigoríficos com grandes boitéis, o que reduz a necessidade de efetivar grandes compras no mercado físico. A fraca demanda deve condicionar nova rodada de baixas no mercado spot ao longo desta última semana de agosto. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 190,00 por arroba à vista e R$ 192,00 por arroba a prazo.

No Paraná, a cotação é de R$ 197,00 por arroba à vista, forte queda de R$ 10,00 por arroba ante sexta-feira (25/08). Em São Paulo, no atacado, nos últimos sete dias, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados tem recuo de 5,7%, para R$ 13,44 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros recua 3,6% no período, para R$ 12,54 por Kg. O traseiro do boi é negociado a R$ 17,10 por Kg; o dianteiro de boi, a R$ 12,10 por Kg; e a ponta de agulha, também a R$ 12,10 por Kg. Não se observa, para as próximas semanas, condições de incremento na demanda, haja vista que os preços da proteína no varejo não acompanham as quedas observadas no início da cadeia.