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28/Aug/2023

Suíno: forte desaceleração na produção brasileira

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou forte desaceleração na produção de suínos, embora a oferta abundante de outras carnes esteja restringindo as cotações. Com base em dados preliminares de abate referentes ao segundo trimestre de 2023 e estatísticas de exportação de carnes publicadas pelo IBGE em 10 de agosto, foram realizadas análises comparativas com o mesmo período do ano anterior. Essas análises destacam os fundamentos que explicam a atual situação de mercado, caracterizada por uma alta disponibilidade interna das três principais carnes comercializadas no Brasil, enquanto os preços pagos aos produtores permanecem estagnados.

Em termos de toneladas de carcaças, o segundo trimestre de 2023 apresentou um aumento na produção de frango (+7,23%) e carne bovina (+9,47%) em comparação com o mesmo período de 2022, enquanto a produção de carne suína registrou uma pequena redução (-0,32%). No acumulado do ano (primeiro semestre), em comparação com o mesmo período do ano anterior, observou-se um aumento de 6,30% no abate de bovinos, 6,89% no abate de frangos e apenas 1,23% na produção de carcaças suínas. Destaca-se o peso médio significativamente alto das carcaças suínas no segundo trimestre (93,78 Kg), o mais alto na série histórica do IBGE.

Após um longo período de crescimento na produção, notavelmente entre 2019 e 2022, a produção de suínos no segundo trimestre de 2023 registrou uma queda de 1,55% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Isso representa a primeira redução em cabeças desde 2014 e em toneladas de carcaças desde 2018. Essa redução também foi observada ao comparar o primeiro semestre de 2023 com o segundo semestre de 2022, marcando a primeira diminuição nesses parâmetros desde o primeiro semestre de 2019. Essas análises revelam a dinâmica atual do mercado suíno, onde a desaceleração na produção se destaca, mas é moderada pela oferta abundante de outras carnes.

A redução observada no 2º trimestre de 2023 em relação ao mesmo trimestre de 2022 foi a primeira desde 2014 em cabeças e 2018 em toneladas de carcaças. Ao se fazer a mesma análise comparativa do crescimento do abate de suínos entre os semestres, observa-se que o pequeno crescimento deste ano em relação ao primeiro semestre do ano passado de 0,80% em cabeças e 1,23% em toneladas de carcaças só foi maior que o ocorrido no primeiro semestre de 2014 (+0,38% e +0,47%, respectivamente). Por outro lado, em comparação com o semestre anterior (2º semestre de 2022), houve queda no número de cabeças e toneladas de carcaças (-1,3% e -1,23%, respectivamente) pela primeira vez, desde o primeiro semestre de 2019 (-0,4% e -0,6%). Fonte: ABCS. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.