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22/Aug/2023

Boi: pressão baixista persistente no mercado físico

Os preços do boi gordo continuam em baixa no mercado físico, em função da falta de apetite dos frigoríficos de recorrerem ao spot e à oferta ainda satisfatória de boiadas. O distanciamento das unidades de abate do mercado também se dá por quedas recentes dos preços da carne bovina brasileira no exterior e o fraco consumo doméstico. Além disso, muitos pecuaristas optam por liquidar lotes remanescentes nas máximas atuais, pela preocupação com a direção dos preços nos próximos meses e a falta de perspectiva em relação à consistência de demanda.

Em São Paulo, na semana passada, o boi comum cedeu R$ 15,00 por arroba a prazo e o “boi China”, R$ 10,00 por arroba. O boi gordo apresenta baixa de 12,47% nos últimos 30 dias. No Estado, o boi gordo está cotado a R$ 210,00 por arroba a prazo. O "boi China" permanece a R$ 220,00 por arroba. Em algumas regiões do País, a desvalorização dos bovinos terminados também é patente. Em Tocantins, as cotações do "boi China" e do boi comum apresentam queda, para R$ 205,00 por arroba e R$ 200,00 por arroba, respectivamente (preços a prazo). Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba; no Pará, a R$ 195,00 por arroba; e, no Acre, a R$ 180,00 por arroba.

Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 211,30 por arroba; e em Goiás, R$ 202,00 por arroba. Os futuros do boi gordo na B3 continuam ampliando as mínimas em mais de três anos e há um forte movimento de liquidação de posições por fundos. O crescimento da produção brasileira de carne bovina em 2023 não está sendo acompanhado devidamente pelo aumento da demanda, fator que eleva a pressão baixista sobre os preços no mercado futuro e no spot. Em São Paulo, no atacado, os preços continuam estáveis. O traseiro do boi está cotado a R$ 18,10 por Kg; o dianteiro, a R$ 13,10 por Kg, bem como a ponta da agulha (R$ 13,10 por Kg).