17/Aug/2023

Os principais exportadores de leite em pó integral vão colocar 1,94 milhões de toneladas no mercado internacional este ano, o que implica um aumento de 9% (164 mil toneladas) ante 2022, embora abaixo dos 2,12 milhões de toneladas de 2021. Entre os principais, quem cresce nas exportações são: Nova Zelândia e União Europeia, que mais do que compensaram a expectativa de queda na Argentina e na Austrália. A produção de leite em pó integral da Nova Zelândia está prevista em 1,45 milhão de toneladas em 2023, um aumento anual de 4%, mas ainda abaixo da média de cinco anos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que o aumento da produção de soro de leite, concentrados de proteína e leite em pó desnatado fez com que os processadores reduzissem a produção de leite em pó integral.

No entanto, este produto ainda representa mais da metade de todo o leite processado para uso industrial em uma base equivalente ao leite e continua sendo o principal produto lácteo exportado da Nova Zelândia em termos de valor. Até maio, as exportações da Nova Zelândia foram 7% maiores do que em 2022, com forte demanda da Argélia (os embarques mais que dobraram) e dos Emirados Árabes Unidos (+33%). A demanda contínua desses mercados apoiará os ganhos ano a ano, à medida que as exportações para a China e a Indonésia forem moderadas. No caso da China, maior importador mundial, a produção de leite em pó integral deverá aumentar para quase 1,2 milhão de toneladas devido ao forte crescimento da produção doméstica de leite. A oferta de leite ultrapassou a demanda industrial, levando os governos locais nas principais regiões produtoras de leite a alocar fundos para subsidiar a produção de leite em pó integral.

Dada a pequena capacidade de produção de manteiga e queijo e a alta demanda interna de leite em pó devido ao seu maior prazo de validade, os laticínios geralmente compram leite cru e o transformam em leite em pó para armazenamento de acordo com o "Contrato de Compra e Venda de Leite Fresco". O aumento da produção doméstica de leite em pó integral na China, combinado com altos preços de importação, levou a uma queda significativa (-34%) nas importações este ano, agravada pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), que anunciou que a Nova Zelândia , tradicionalmente o fornecedor dominante do produto, estava prestes a esgotar sua cota preferencial até 2023 e que medidas de salvaguarda seriam implementadas conforme estabelecido no acordo de livre comércio entre as duas nações. As importações da Nova Zelândia caíram 45% até junho. Fonte: Tardáguila Agromercados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.