03/Aug/2023

O governo federal estuda aumentar a taxação para a importação de derivados de leite que não estão incluídos no acordo do Mercosul ou que são importados de fora do bloco como forma de aliviar o impacto causado na cadeia leiteira nacional da compra de lácteos de outros países. A afirmação é do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que se reuniu na terça-feira (1º/08) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, para tratar do assunto. O vice-presidente afirmou que nos derivados de leite será elevada a taxação da importação, o que resolveria parte do processo. Não há detalhes sobre quando as medidas poderão ser efetivadas.

O aumento da taxação pode ocorrer por aprovação de resolução na Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas não houve sinalização de quando isso pode acontecer. Os produtores brasileiros afirmam que há dumping do Uruguai, pois o produto vem com preço muito aviltado. Não é só pelo volume, mas cada vez que entra leite barato no Brasil isso baliza o preço do leite no País, pressionando para baixo. A cadeia do leite brasileiro está sendo muito prejudicada. O deputado sugeriu ao vice-presidente que o Brasil entre com uma representação no Uruguai para investigar os volumes exportados para o Brasil. A suspeita é de triangulação de produtos.

A importação está afetando o parque industrial nacional. É uma decisão de governo definir que para importar leite vai ter certas exigências. Outro pedido foi para que o Brasil faça inspeção sanitária nos estabelecimentos uruguaios que exportam leite e derivados para o País. Para comprar leite do produtor brasileiro existe uma série de exigências. O Brasil precisa fazer a inspeção sanitária no Uruguai. O Mercosul é livre comércio, mas é preciso trabalhar a questão sanitária com exigência igual à cumprida pelo produtor brasileiro é o mínimo. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.