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27/Jul/2023

Suíno vivo: fraca demanda pressiona as cotações

O poder de compra do suinocultor de São Paulo frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem registrando recuperação nesta parcial de julho na comparação com junho. Esse cenário está atrelado às valorizações intensas do suíno vivo verificadas no início deste mês, visto que as cotações do farelo registram apenas leves avanços e as do milho estão praticamente estáveis. Para o suíno vivo, vale lembrar que os preços registram quedas acentuadas nos últimos dias no mercado doméstico, devido à oferta elevada e às fracas vendas da carne, sobretudo nesta segunda quinzena do mês, quando o poder de compra de muitos consumidores brasileiros tipicamente diminui. Esse cenário baixista, porém, não limita o avanço do preço médio do suíno em julho.

Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do suíno vivo registra forte alta de 10,7% de junho para julho, indo a R$ 6,68 por Kg. No mercado de milho, as negociações estão em ritmo lento no Brasil, visto que os compradores estão à espera de novos recuos nos preços com o avanço da colheita. No entanto, dois fatores internacionais reverteram o cenário baixista: o fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e os ataques que ocorreram na cidade portuária de Odessa e no Rio Danúbio, na Ucrânia. Assim, nesta parcial de julho, no mercado de lotes (Campinas - SP), o grão é negociado a R$ 55,07 por saca de 60 Kg, em média, praticamente estável em relação a junho. Quanto ao farelo de soja, além da influência das valorizações da matéria-prima e do derivado no cenário internacional, a demanda pelo produto brasileiro segue aquecida, tanto por parte de compradores domésticos quanto de externos.

Na região de Campinas (SP), o farelo de soja tem média de R$ 2.225,67 por tonelada na parcial deste mês, alta de leve 1,9% em relação ao mês anterior. Dessa forma, considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor consegue comprar 7,28 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo em julho, quantidade 10,7% maior que a de junho. Em relação ao farelo de soja, o suinocultor pode comprar 3 Kg em julho, 8,7% a mais no mesmo comparativo. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), 65,6 mil toneladas de carne suína in natura foram embarcadas nos 15 primeiros dias úteis do mês, com média diária de 4,4 mil toneladas, 5,4% abaixo do verificado em junho, mas 4,5% acima do observado em julho do ano passado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.