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24/Jul/2023

Carnes: perspectivas positivas para o setor no Brasil

Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam para o crescimento da produção de carnes no Brasil. A expectativa é que a produção e o comércio cresçam significativamente até 2032, impulsionando a economia do País. De 2022/2023 a 2032/2033, as carnes que mais se destacam com as maiores taxas de crescimento anual na produção são a carne de frango, com 2,4%, a carne suína, com 2,3%, e a carne bovina, com 1,2%. Atualmente, a produção total de carnes no País está estimada em 29,6 milhões de toneladas para o ano de 2022/2023, com uma projeção para atingir 36,2 milhões de toneladas ao final da próxima década. Isso representa um aumento de produção de 22,4%, sendo a carne de frango a que mais deve crescer, com um impressionante acréscimo de 28,1%, seguida pela carne suína, com 23,2%, e a carne bovina, com 12,4%.

Em relação ao consumo doméstico, as projeções também indicam um crescimento consistente. Entre 2022/2023 e 2032/2033, espera-se um aumento anual de 2,2% no consumo de carne de frango, alcançando a marca de 12,9 milhões de toneladas em 2032-33. A carne suína passa a ocupar o segundo lugar em crescimento de consumo, com uma taxa anual de 2,2% nos próximos anos. Por outro lado, a carne bovina projeta um crescimento mais moderado, com uma taxa anual de 0,4%. As exportações de carnes têm um papel fundamental no crescimento do setor e se apresentam como uma variável de grande relevância na economia brasileira. De acordo com as estimativas, as perspectivas para as exportações brasileiras de carnes são promissoras. A carne de frango deve crescer 2,8% ao ano, a carne bovina 2,6%, e a carne suína 2,9%, demonstrando taxas consideradas elevadas.

O relatório do USDA, referente ao ano de 2032, classifica o Brasil como o primeiro exportador de carne bovina, com uma participação significativa de 28,5% no mercado global. Em segundo lugar, a Índia, seguida pela Austrália e os Estados Unidos. No segmento de carne suína, o Brasil figura em terceiro lugar, ficando atrás da União Europeia e dos Estados Unidos. No setor de carne de frango, o Brasil lidera as exportações, detendo 35,5% do mercado mundial, com os Estados Unidos em segundo lugar, com 25,0%, e a Tailândia, com 8,5%. As exportações mundiais de carnes também apresentam um cenário favorável para a próxima década, com projeção de acréscimo de 13,9% nas exportações de carne suína, 22,7% nas exportações de carne de frango e 16,3% nas exportações de carne bovina.

Diante dessas projeções otimistas, as exportações brasileiras de carnes devem alcançar 11,7 milhões de toneladas ao final do período de projeções, representando um crescimento significativo de 30,8% em relação ao ano inicial, quando foram exportadas 9,0 milhões de toneladas. O setor de carne suína deve liderar esse crescimento com um aumento de 33,5%, seguido pela carne bovina, com 29,7%, e pela carne de frango, com 30,9%. Os principais mercados para a carne bovina brasileira são a China, os Estados Unidos e o Japão, com a China projetando importar 28,8% da carne bovina exportada em 2032, abrindo boas oportunidades para o Brasil, Argentina e outros países. Quanto à carne de frango, os principais destinos são Arábia Saudita, África Subsaariana, China, México, Hong Kong, Japão e União Europeia. Para a carne suína, os principais mercados são a China, o Japão, o México, a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.