24/Jul/2023

De acordo com números do estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/2023 a 2032/2033”, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção de leite deverá crescer nos próximos 10 anos a uma taxa entre 1,7 e 2,7%. Essas taxas correspondem a passar de uma produção de 34,1 bilhões de litros em 2023 para 40,5 bilhões no final do período das projeções.

O crescimento de oferta será principalmente baseado em melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais e menos no número de vacas em lactação. O leite está passando por grandes mudanças e um processo acelerado de tecnificação e consolidação. As fazendas maiores seguem crescendo, enquanto as médias e pequenas estão com maior dificuldade de expansão e muitos têm deixado a atividade. O forte aumento de custos após o início da pandemia de Covid-19 acabou agravando a situação e vem exigindo melhores práticas de gestão, investimentos em automação e muita eficiência produtiva.

Neste sentido, acredita-se que o crescimento médio fique abaixo dos 2% ao ano. No longo prazo, concentração setorial e ganhos de eficiência serão os principais drivers. Isso não implica que todos os produtores menores irão sair. Os excluídos serão aqueles que não se adaptarem a nova realidade de adoção tecnológica, melhorias na gestão e maior eficiência técnica e econômica. Irão permanecer os produtores eficientes. Mas, como existe uma diferenciação de preço por volume, haverá uma pressão por aumento de escala. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.