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21/Jul/2023

Leite: custo de produção recua pelo 4º mês seguido

No mês de junho, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira recuou 1,67% em relação ao mês de maio na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Essa queda foi motivada pelas desvalorizações dos concentrados e dos adubos e corretivos. Os concentrados, cuja participação nos custos da atividade é substancial, registraram baixa de 2,96% em relação aos valores registrados em maio. As quedas mais intensas ocorreram em Goiás, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. As reduções se justificaram principalmente pelas desvalorizações do milho. Apesar da valorização do grão no mercado internacional na segunda semana de junho, os preços voltaram a cair no restante do mês, pressionados pela evolução da colheita da 2ª safra de 2023.

Também contribuindo para a redução dos custos, os adubos e corretivos registraram baixa de 2,43% durante o mês de junho. As retrações ocorreram principalmente em decorrência da desvalorização dos fertilizantes no mercado internacional e dos elevados estoques nacionais, sobretudo de fertilizantes potássicos. Os preços dos medicamentos apresentaram movimentos distintos em junho, com quedas na categoria dos antimastíticos (-2,37%), mas elevações nos preços das demais categorias, como a dos antibióticos, cujo aumento foi de 1,07%. As categorias para as quais foram registradas altas acabaram limitando a queda do COE, dentre elas, destaca-se a mão de obra, que responde por uma parcela significativa dos custos de produção.

A variação no mês de junho para esse item do custo foi de 0,98% na “Média Brasil”, influenciada por reajustes salariais no estado de São Paulo. As fortes reduções nas cotações do milho favoreceram a relação de troca ao produtor pelo quinto mês consecutivo, apesar da queda no preço do leite em maio. Em maio, foram necessários 21,4 litros de leite para a aquisição de 1 saca de 60 Kg de milho, melhora de 17,4% em relação a abril e de 34,5% frente a maio/2022. É importante ressaltar que a relação de troca registrada em maio/2023 é a mais favorável ao pecuarista nos últimos 12 meses. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.