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17/Jul/2023

Leite: preço ao produtor deverá recuar no Uruguai

No Uruguai, o preço do leite ao produtor deverá cair no início da primavera. Como reflexo do comportamento do mercado global de commodities e, em especial, de lácteos, a medida é esperada. A indústria tem feito um grande esforço para manter o preço da matéria-prima nos últimos meses. No entanto, as quedas dos valores internacionais levariam a uma avaliação criteriosa dessa estabilidade nos próximos meses. A plataforma GDT experimentou, na semana passada, nova queda no preço médio, assim como nos quatro itens de interesse comercial para a cadeia de valor do leite nacional. Quanto às variáveis habituais, sem desconsiderar o que acontece em um cenário mais amplo, continuam com um panorama razoavelmente aceitável.

As exportações de lácteos registaram um leve decréscimo de 2% e totalizaram US$ 70 milhões em junho e, se for considerado o ocorrido no primeiro semestre de 2023, verifica-se que as vendas externas de todos os produtos cresceram 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a US$ 432 milhões. No que diz respeito à captação de leite, em geral, as perspectivas têm melhorado em todos os setores. No caso do Conaprole, a recuperação se acelerou, como mostra a comparação mês a mês com os recordes do ano passado. Em junho, a Conaprole recebeu 126 milhões de litros, volume 4,8% superior ao mesmo mês de 2022. Em maio, havia recebido 121 milhões de litros, com aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mercado internacional, a expectativa é pela reativação das compras chinesas. De fato, as importações de lácteos caíram significativamente no ano passado em comparação com o recorde registrado em 2021. Essa tendência de queda continuou fortemente durante os primeiros dois meses deste ano. Porém, a partir de março, os volumes importados pela China se equilibraram.

De acordo com o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), em maio o volume de produtos lácteos importados pela China teve um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior, e em litros de equivalentes de leite de 9,3%, um aumento atribuível ao leite em pó. Se a China mantiver ou elevar o consumo nos próximos meses, todo o cenário internacional receberia o evento com impacto. Para os interesses da cadeia leiteira uruguaia, isso seria uma ótima notícia, especialmente quando as perspectivas para o atual principal cliente, o Brasil, parecem extremamente complicadas, com pressão de organizações industriais brasileiras e do governo Lula para interromper a compra de lácteos na Argentina e no Uruguai. Fonte: Todo Lecheria. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.