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30/Jun/2023

Leite: recomendações para lidar com El Niño no RS

Em julho, agosto e setembro, o Rio Grande do Sul deve experimentar a intensificação do fenômeno El Niño, atingindo um ponto mais forte no final do trimestre. Essa intensificação resultará em impacto direto no aumento da precipitação pluvial sobre todo o Estado, com volumes de chuva acima da média em todas as regiões. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).

As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em relação às temperaturas do ar, a tendência para o trimestre indica que as temperaturas fiquem acima da média na Metade Norte enquanto, na Metade Sul, fiquem próximas ou um pouco acima da média. O boletim é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 15 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

- Forrageiras e Conforto Animal: Tendo em vista o baixo crescimento das pastagens naturais no período de inverno, e com o prognóstico de chuvas acima da média para o próximo trimestre, com menor aporte de radiação solar, o crescimento vegetativo das pastagens continua sendo limitado, por isso recomenda-se manter carga animal baixa ou moderada;

- Fornecer suplemento aos animais (ex. feno, silagem, ração) mantidos em pastagem natural com baixa disponibilidade de forragem;

- Realizar o manejo indicado para as forrageiras de inverno/primavera, anuais ou perenes, como aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e ajuste de carga animal à disponibilidade de forragem;

- Reduzir a carga animal na pastagem após a ocorrência de grande volume de chuva, de forma a evitar danos à pastagem pelo excesso de pisoteio;

- Atentar para as instalações e o entorno para evitar formação de muito barro o que ocasiona problemas de casco, especialmente em vacas de leite.

Embora o período seja caracterizado por temperaturas baixas (inverno), o produtor deve ficar atento, devido ao prognóstico de temperaturas acima da média climatológica, principalmente no mês de setembro que normalmente já apresenta temperaturas mais elevadas, que podem acarretar estresse térmico para as vacas, principalmente as de alta produção de leite. A forma mais eficiente de se combater o estresse térmico é estabelecer um sistema de manejo e de ambiente integrados, com o objetivo de manter a temperatura corporal da vaca próxima do normal (38°C a 39°C) a maior parte do dia.

Para adequação do ambiente pode-se utilizar: incremento da movimentação do ar, umedecimento da superfície do animal, resfriamento evaporativo do ar (sistemas como ventilador, aspersor e painel evaporativo) para as vacas em confinamento e o uso de sombras e água de qualidade disponível para minimizar os efeitos da radiação solar direta, em dias quentes, e abrigar de ventos e temperaturas baixas, para os bovinos criados a pasto. Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.