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30/Jun/2023

Uruguai: produtores de leite preocupados com dívida

Com poucas manobras a fazer, incertezas no mercado internacional e gastos maiores, os produtores de leite estão preocupados porque suas dívidas se acumularam para a primavera e não haverá leite suficiente para pagá-las. Por melhor que seja a primavera, há muitas despesas a enfrentar como parte do pagamento das sementes, entre outras. Segundo a Associação dos Produtores de Leite Parada Esperanza (Paysandú), sem dúvida, esses custos serão um problema, não importa quão boa seja a primavera. Os problemas produtivos continuam e, no norte do país, os produtores recarregaram as propriedades com as novilhas. Foi preciso retirar todas as novilhas do criadouro porque não havia água e a comida era escassa.

O descarte está um pouco maior para o que deveria nesta época do ano. A situação é complexa para os produtores de leite. Embora tenha havido mais chuvas em fevereiro em Paysandú, os problemas de forragem já vinham de antes. Foram três anos de dificuldades devido à estiagem, com primaveras ruins que geraram dificuldades nas reservas de forragem e aumento de custos. Por sua vez, houve queda nos envios de leite para a indústria. O déficit de forragem causou vacas em anestro (falta de cio e falta de prenhez) e isso gera menos lactação no futuro, menos bezerros de reposição e dificuldades. A principal dificuldade é a incerteza quanto ao futuro e como as fazendas leiteiras vão enfrentar o endividamento.

O Banco De La Republica Oriental Del Uruguay (BROU) emitiu uma linha de crédito para diluir as dívidas causadas pela seca de três ou quatro anos à frente. Com custos altos e pouca certeza nos preços do leite, eles trazem dificuldades importantes para serem vistas no futuro, segundo os Produtores de Parada Esperanza. Do lado do mercado, a boa notícia para os produtores uruguaios é que o Brasil continuará dependente da importação de lácteos. No acumulado até maio, a entrega de leite às pasteurizadoras atingiu 728 milhões de litros e nos últimos 12 meses chegou a 2.073.000 litros, segundo os últimos dados publicados pelo Inale. A queda na remissão é de 2,2% e 1,6%, respectivamente. O preço do leite era de 17,50 pesos por litro ou US$ 0,45 por litro. Fonte: El País. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.