28/Jun/2023

Segundo o Ministério da Agricultura, a China liberou a entrada de cerca de 40 mil toneladas de carne bovina brasileira que estava represada nos portos. O produto havia sido produzido até 22 de fevereiro, data em que o País detectou um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca”, em um bovino no Pará. Na ocasião, o Brasil suspendeu voluntariamente todas as exportações da proteína ao país asiático. O Ministério da Agricultura foi informado da decisão chinesa pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC) na noite de segunda-feira (26/06).

A liberação era uma demanda dos frigoríficos brasileiros que haviam embarcado a proteína à China antes do embargo, que durou 29 dias. Todo produto que estava represado nos portos será liberado. Em 27 de abril, a China já havia liberado as importações estoques de carne bovina brasileira produzidos antes de 21 de fevereiro e embarcada após 23 de março, mas manteve o embargo para os produtos produzidos nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro e para cargas embarcadas após o dia 23 de fevereiro. O mais recente aval ocorreu após a reunião do vice-presidente Geraldo Alckmin com o vice-presidente da República Popular da China, Han Zheng, em 5 de junho, com a presença de representantes da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que os produtores brasileiros vão receber R$ 2 bilhões em vendas de carnes brasileiras que ficaram retidas na China por exportação fora do prazo. Lula se envolveu pessoalmente no tema e chegou a ligar para o presidente da China, Xi Jinping, e conseguiu destravar as 70 mil toneladas apreendidas em contêineres. Lula reforçou que os problemas da Venezuela são da Venezuela e que o antigo superávit do Brasil com o país vizinho precisa ser retomado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.