22/Jun/2023

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou nesta quarta-feira (21/06) a comercialização de “carne” de frango produzida em laboratório por duas empresas da Califórnia, a Upside Foods e a Good Meat, braço da empresa de tecnologia de alimentos Eat Just. A aprovação seguiu um processo rigoroso. O objetivo é atender à crescente demanda global por carnes que não envolvam o abate de animais e ofereçam menos prejuízos ao planeta. A Eat Just classificou o momento como importante para a empresa, a indústria e o sistema de alimentos. A aprovação mudará a produção de carne. A Good Meet já atendia o mercado em Singapura, único país que até agora havia aprovado a comercialização desse produto. A “carne” cultivada é normalmente produzida colocando certas células de aves e gado em tanques de aço inoxidável conhecidos como biorreatores, que eram alimentados com nutrientes e oxigênio antes de serem transformados em carne.

Os apoiadores da técnica afirmam que isso pode reduzir drasticamente a dependência global da criação de gado. Contudo, um estudo da Universidade da Califórnia, divulgado em maio, mostrou que essa técnica aplicada à carne bovina pode exigir mais energia e emitir mais gases de efeito estufa do que a carne bovina convencional, fazendo com que seu impacto ambiental dependa dos tipos de ingrediente usados. A indústria de carne e de frutos do mar cultivados enfrenta ainda uma série de obstáculos científicos e econômicos para produção em volume a um custo baixo para ser competitiva com a indústria convencional. Além disso, não se sabe ainda se os consumidores norte-americanos vão aceitar bem o frango cultivado em células. A “carne” vegetal tem apresentado crescimento mais fraco e desaceleração nos investimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.