22/Jun/2023

Em São Paulo, no atacado, os valores médios das carnes suína, de frango e bovina têm registrado quedas ao longo deste mês. Porém, a desvalorização observada para a proteína bovina tem sido mais intensa. Diante disso, a competitividade da proteína suinícola tem caído frente à carne bovina, mas subido em relação à avícola. A carcaça especial suína é comercializada nesta parcial de junho à média de R$ 8,84 por Kg, baixa de 8,4% (ou de R$ 0,82 por Kg, em termos absolutos) frente à de maio.

Apesar da recente melhora na demanda pela carne suína e do consequente avanço nos preços registrados para grande parte dos produtos suinícolas, esse movimento não foi suficiente para reverter os recuos observados nas primeiras semanas de junho, que, por sua vez, foram influenciados pela oferta elevada. No mercado de frango, a pressão vem da alta disponibilidade, que vem sendo observada desde maio. Além disso, agentes da indústria têm reduzido os preços da proteína, visando escoar a carne e evitar aumentos de estoque.

Diante disso, o frango inteiro resfriado registra desvalorização de 6,5% (ou R$ 0,42 por Kg, em termos absolutos) de maio para junho, com a média atual a R$ 6,09 por Kg. Quanto à carne bovina, a carcaça casada é negociada à média de R$ 17,15 por Kg nesta parcial de junho, queda de 5,3% (ou de R$ 0,97 por Kg, também em termos absolutos) sobre a média de maio.

Diante desse contexto, a carcaça especial suína é negociada no atacado de São Paulo a R$ 2,75 por Kg acima do frango inteiro, diferença 12,5% inferior à de maio, evidenciando o crescimento da competitividade da carne suína. Na comparação com a carcaça casada bovina, a diferença entre os produtos é de R$ 8,30 por Kg, redução de 1,8% frente à registrada em maio, indicando a perda de competitividade da carne suína. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.