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22/Jun/2023

Carnes: estimativa para produção mundial em 2023

No primeiro Food Outlook de 2023, a FAO estima que a produção mundial de carnes do corrente exercício deve girar em torno dos 364 milhões de toneladas, volume que representa menos de 0,5% de aumento em relação ao que foi produzido no ano passado e que corresponde a um adicional anual, bruto, de apenas 1,3 milhão de toneladas. Mas, pode até ser menos porque, nas previsões da FAO, a produção das carnes bovina e suína tende a recuar, enquanto a carne ovina sinaliza aumento de não mais que 100 mil toneladas. Mas, o previsto é que a carne de frango compense o resultado fraco e/ou negativos com um volume quase 2 milhões de toneladas superior ao de 2022. Perspectivas das três principais carnes:

- Carne de frango: tende a ampliar ainda mais sua participação, já líder, na produção mundial e chegar a 39,21% do total previsto, desempenho impulsionado pela demanda do setor de food service e pelo apelo, generalizado, de carne mais acessível. Isto, a despeito dos também generalizados surtos de Influenza Aviária de alta patogenicidade e do elevado custo das rações;

- Carne suína: tende a sofrer redução em torno de meio por cento, desempenho ocasionado por acentuada queda na produção europeia (efeito, ainda, da peste suína africana - PSA), por margens de ganho significativamente apertadas e, também, por uma demanda mundial mais fraca. O volume apontado, se alcançado, corresponderá a 33,44% da produção mundial prevista;

- Carne bovina: tende a uma redução (0,26%) menor que a da carne suína, expectativa determinada pela queda no número de cabeças em criação, pelos altos custos da alimentação e pela escassez de forragem em várias regiões produtoras, situação, esta, que deve levar a um menor peso de carcaça. Tais previsões, porém, se aplicam especificamente à Europa e à América do Norte, porquanto na Ásia, América do Sul e Oceania são previstos aumentos, insuficientes, para reverter a expectativa de queda global. A produção prevista corresponde a 20,91% do estimado para a produção global.

Da mesma forma que a produção, o comércio internacional de carnes deve apresentar crescimento apenas marginal em 2023. O previsto é um volume levemente superior a 42 milhões de toneladas, com crescimento anual inferior a 1%. Quem, de um lado, impulsiona o crescimento são as expectativas de vendas crescentes para o food service, especialmente o chinês, após a China ter encerrado as restrições relacionadas à Covid-19. Porém, de outro lado, o crescimento tende a ser praticamente neutralizado por uma possível queda por parte dos países importadores, devido às crescentes disponibilidades domésticas e à perda de poder aquisitivo dos consumidores. De toda forma, a maior parte do aumento esperado será suprido, provavelmente, por Brasil e Austrália, países que dispõem de altos suprimentos exportáveis, estão livres de doenças animais e dispõem de preços competitivos. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.