20/Jun/2023

A demanda por boiadas prontas segue cadenciada nas regiões pecuárias do País. Os frigoríficos adquirem lotes apenas em caso de necessidade ou para completar escalas, sobretudo os voltados ao mercado interno, cujo consumo de carne bovina continua retraído. Com a baixa liquidez no físico, os preços do boi gordo continuam estáveis, tendo em vista a segunda quinzena do mês, quando, no mercado interno, o consumo da proteína vermelha é tradicionalmente mais retraído.

Observa-se alta apenas na cotação do "boi China", aquele cuja carne é destinada à China, com bovinos com no máximo 30 meses de idade ou 4 dentes. A volta da demanda chinesa pela proteína brasileira pode estar estimulando a indústria adquirir especificamente esta categoria de bovinos. O boi China está cotado a R$ 245,00 por arroba a prazo, com ágio em relação ao boi comum, que segue cotado a R$ 240,00 por arroba a prazo.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 234,50 por arroba à vista. A relativa firmeza da arroba, após acentuadas baixas desde maio, parece de fato indicar que a oferta de boiadas começa a ficar limitada, dando margem, mais à frente, para ajustes positivos do preço dos bovinos para abate. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 200,00 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 205,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o traseiro bovino está cotado a R$ 19,10 por Kg; o dianteiro, a R$ 14,10 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 14,10 por Kg.