16/Jun/2023

A oferta de boiadas gordas parece começar a ficar limitada, com a estação seca do ano avançando e a capacidade de suporte das pastagens ficando reduzida. Com menos bovinos à venda, os preços do boi gordo passam a se estabilizar. Ainda que a pressão baixista se mantenha, há mais dificuldade dos frigoríficos em promover quedas no preço do boi gordo. Em São Paulo, a cotação do boi gordo está estável desde o início de junho. As únicas categorias que apresentaram quedas nos preços durante a primeira quinzena do mês foram o ‘boi China’ e a vaca gorda, que caíram, respectivamente, R$ 10,00 e R$ 5,00 por arroba no período.

Observa-se um ritmo mais fraco nas tentativas de pressionar o preço do boi gordo, pois a oferta de boiadas está mais enxuta. Está em curso um reequilíbrio no mercado que pode trazer mais estabilidade aos preços. A demanda da indústria no físico segue enfraquecida e, do lado do pecuarista, quem pode, está segurando a venda na expectativa de que os preços comecem a reagir. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 234,50 por arroba à vista e a R$ 243,00 por arroba a prazo. Nas regiões Norte e Nordeste do País, a oferta de boiadas segue firme. A ausência de chuvas no período, associada a altas temperaturas e ventos fortes no Pará, trouxe grande preocupação em relação à ocorrência da cigarrinha-das-pastagens.

Este fato incrementou a oferta atual, possibilitando o alongamento de escalas para a primeira semana de julho. No Pará, o boi gordo está cotado entre R$ 187,00 e R$ 215,00 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em Goiás, a cotação é de R$ 200,00 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 205,00 por arroba à vista e, em Mato Grosso, a R$ 200,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, as carnes mais acessíveis têm apresentado boa saída, com dianteiro e ponta da agulha sendo comercializados em maior volume. O traseiro, no entanto, segue na prateleira. A carcaça casada do boi castrado permanece cotada a R$ 16 por Kg.