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06/Jun/2023

Boi: Brasil amplia produção e exportação de carne

A pecuária de corte brasileira evoluiu e cresceu. Cresceu em tamanho e em qualidade. A área com pastagens diminuiu em 4 milhões de hectares, estimada em 160 milhões de hectares e o rebanho, de 1975 a 2022, cresceu 92 milhões de cabeças. O rebanho bovino está estimado em 225 milhões de cabeças (corte e leite). O Brasil, mundialmente, é importante na produção e fornecimento de carne bovina. Da produção mundial, 17% é do Brasil. No comércio internacional, a fatia brasileira é de 20% a 25%. Atualmente, a produção está estimada em 8 milhões de toneladas de carcaça por ano. Dobrou de tamanho nos últimos 22 anos. A profissionalização da atividade pecuária veio com o tempo e, com ela, os avanços em produtividade.

Manejos nutricional, sanitário e reprodutivo foram essenciais para que isso acontecesse. Apesar desse belo desempenho, há ainda como aumentar a produtividade, sem precisar de novas áreas, apenas melhorando, por exemplo, a qualidade e o manejo das pastagens, um processo que vem ocorrendo nos últimos anos. A demanda pela carne bovina brasileira aumentou. Da produção nacional em 2022, cerca de 38% foi exportada (carne in natura, industrializada, salgada, miúdos e tripas). Considerando somente a de carne in natura, a participação é de 34%. A China é a principal importadora, cuja participação nas vendas para o exterior cresceu de 1,7% em 2015 para 21,1% em 2022. O equivalente a 1,68 milhões de toneladas em equivalente carcaça consumidas.

A importância da China é notável. O bovino abatido para a produção de carne para o mercado chinês precisa ter no máximo 30 meses ou 4 pares de dentes, animais jovens, portanto, terminados precocemente. Essa exigência estimulou a produção de bovinos precoces e, consequentemente, a melhoria dos indicadores zootécnicos. O peso de carcaça foi um deles, cujo desempenho aumentou nos últimos anos, atingindo a média de 268 Kg em 2022, frente aos 228 Kg em 2000. Por fim, a taxa de lotação cresceu de 1,0 cabeça/hectare em 2000, para 1,4 em 2022, um belo salto. A taxa média de lotação no mundo está em 0,27 cabeças/hectare. É de se esperar que, em alguns anos, o Brasil seja o maior produtor de carne bovina no mundo, superando os Estados Unidos, atualmente o maior produtor global. Fonte: Alcides Torres. Fonte: Broadcast Agro.