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24/Mai/2023

Boi: preço segue sendo pressionado pela indústria

A negociação no mercado físico do boi gordo é lenta, com poucos frigoríficos demandando bovinos terminados nas regiões pecuárias do País. Embora as escalas de abate ainda estejam satisfatórias, consultorias do setor observam que elas não se alongaram, o que denota o baixo nível de aquisições de bovinos nesta semana. De todo modo, há forte pressão sobre os preços, com a indústria propondo, em São Paulo, até R$ 10,00 por arroba abaixo do preço de referência, mas encontrando resistência por parte dos pecuaristas. Em algumas regiões, porém, conforme o tempo esfria e a chuva se torna cada vez mais rara, os pecuaristas passam a entregar seus bovinos por causa da perda de capacidade de suporte dos pastos.

Nessas regiões pecuárias, como em Mato Grosso do Sul, a maior oferta de boiadas gordas, aliada ao baixo apetite de frigoríficos, faz com que os preços recuem. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está citado a R$ 236,00 por arroba à vista e a R$ 241,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação está entre R$ 205,00 e R$ 219,50 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em São Paulo, os preços seguem estáveis, embora a indústria tente pressionar as cotações. O boi gordo segue cotado a R$ 254,00 por arroba à vista e a R$ 263,00 por arroba a prazo.

O único fator altista para os próximos dias pode vir da demanda exportadora de carne bovina, que, após a volta dos embarques para a China, tem se recuperado. Em São Paulo, no atacado, a maior oferta de carne no mercado interno e a demanda ainda reprimida pressionam os preços da carne. A carcaça casada de bovinos castrados registra recuo de 4,7% ante sexta-feira (19/05), para R$ 16,75 por Kg. A cotação da carcaça casada de bovinos inteiros tem baixa de 5,9% no mesmo comparativo, para R$ 15,08 por Kg.