ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Mai/2023

Boi: pecuarista de MT deve confinar menos em 2023

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no primeiro levantamento do ano de intenção de confinamento, o pecuarista de corte de Mato Grosso deve confinar menos bovinos neste ano em relação à temporada passada. Entre os produtores, que foram pesquisados no mês de abril, a expectativa é a de que o Estado confine 479,77 mil cabeças de bovinos, volume 9,46% abaixo do levantamento realizado em igual período de 2022, quando os criadores pretendiam engordar no cocho 529,91 mil cabeças. Quando comparado com o que de fato foi confinado ao longo do ano passado, o recuo é de 31,88%.

A quantidade total de bovinos provenientes de confinamento em 2022 no Estado atingiu 704,26 mil cabeças. Para este primeiro levantamento do ano da intenção de confinamento, o Imea obteve respostas de 96 confinadores do Estado, do total de 160 da amostra, ou seja, 60% participaram da pesquisa. Entre os que forneceram informações, 61,05% pretendem confinar bovinos de corte este ano; 32,63% não vão confinar e 6,32% ainda não decidiram. Entre as principais preocupações apontadas pelos produtores, 37,36% citaram o preço do boi gordo, em razão da forte desvalorização no último ano. Se em abril de 2022 o pecuarista recebia uma média de R$ 291,93 por arroba vendida, em abril de 2023 ele passou a receber R$ 246,05 por arroba.

Além disso, 14,84% dos entrevistados apontaram a baixa lucratividade, reflexo do alto custo de produção, e 14,29% indicaram o preço dos insumos. Entretanto, apesar de parte dos pecuaristas ter citado o preço dos insumos como uma das principais preocupações, a cotação do milho e do farelo de soja, importantes insumos usados na nutrição animal, tem passado por uma forte pressão baixista. O preço do milho já caiu 28,66% e o do farelo de soja, 25,15% em abril de 2023 em relação a abril de 2022. Outro insumo essencial à atividade, o bovino de reposição, também teve queda expressiva de preço, devido à inversão do ciclo pecuário, que aliviou a conta do confinador.

Se em abril de 2022 o pecuarista precisava desembolsar R$ 4.023,21 para comprar um boi magro, no mês passado a mesma categoria saía por R$ 3.280,00 por cabeça, recuo de 18,47% na comparação mês a mês. Mediante o cenário de redução de preços de insumos, que se intensificou na primeira semana de maio, e da queda de preço das principais categorias de reposição usadas no confinamento, os produtores podem mudar sua perspectiva quanto ao volume de bovinos confinados. Assim, durante os próximos levantamentos, é possível que seja observado reajuste positivo no volume de bovinos confinados, uma vez que a aquisição de animais e suplementação estão entre os maiores custos dos confinadores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.