23/Mai/2023

As indústrias estão cadenciando as aquisições de boiadas gordas. Isso porque as escalas de abate estão alongadas, o que amortece a demanda no curto prazo. Do lado do pecuarista, a necessidade de se desfazer de bovinos por causa da perda de capacidade de suporte dos pastos acaba aumentando a oferta para frigoríficos, o que pressiona os preços em algumas regiões produtoras. Os frigoríficos que ainda precisam de boiadas conseguem efetivar negócios abaixo das referências, sobretudo em Mato Grosso e Goiás. Nessas regiões, a estiagem e o clima seco prejudicam a pastagem e forçam os pecuaristas a permanecerem ativos em suas vendas.

Em Mato Grosso, a cotação do boi gordo está entre R$ 207,00 e R$ 222,00 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 207,00 por arroba. No Maranhão. a maior oferta de boiadas resulta em queda nos preços do boi gordo, para R$ 212,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, os preços se mantêm estáveis, a R$ 254,00 por arroba à vista e a R$ 263,00 por arroba a prazo. No atacado, a queda dos preços do boi gordo começa a se refletir nos preços da carne bovina. Mesmo com os frigoríficos evitando formar estoques por causa do fraco escoamento no mercado interno, há recuo na cotação de alguns cortes. A cotação do traseiro do boi é de R$ 20,10 por Kg; do dianteiro é de R$ 15,10 por Kg; e a ponta da agulha está cotada a R$ 14,10 por Kg.