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22/Mai/2023

Leite: preços ao produtor tendem a recuar em maio

O preço do leite cru captado por laticínios em março chegou a R$ 2,8120 por litro na “Média Brasil” líquida (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo), elevações de 2,4% frente ao mês anterior e de 10,8% em relação à de março/2022, em termos reais. Com isso, o valor do leite cru acumula avanço real de 9,2% no primeiro trimestre de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de março/2023). Para abril, pesquisas indicam que o movimento altista deve permanecer. A oferta no campo seguiu enxuta em abril, prejudicada pelo avanço da entressafra. Por isso, a disputa entre laticínios por produtores esteve intensa em abril, contexto que manteve as cotações do leite em alta. A valorização do leite cru já pôde ser observada no mercado do leite spot.

Em Minas Gerais, a média mensal subiu 11,2%, chegando a R$ 3,34 por litro. Vale destacar que esse aumento esteve relacionado à recuperação das cotações na primeira quinzena de abril, já que, depois da segunda quinzena de abril, o leite no spot passou a se desvalorizar. Em Minas Gerais, inclusive, a média mensal do spot em maio recuou 16,6% e chegou a 2,78 por litro. Com o encarecimento da matéria-prima, os laticínios realizaram em abril, de forma generalizada, o repasse da valorização do leite cru ao preço dos lácteos negociados com os canais de distribuição. As cotações médias do UHT, da muçarela e do leite em pó fracionado subiram no atacado de São Paulo, respectivamente, 9,5%, 4,9% e 1,6%. Contudo, o consumo seguiu enfraquecido, e as cotações de maio mostram tendência de queda.

Apesar da previsão de alta nos preços ao produtor de abril, o movimento de valorização pode se encerrar já em maio. Isso porque, além da retração do consumo doméstico, as importações de lácteos seguem elevadas. Em abril, as compras externas caíram significativos 30,3% frente às do mês anterior, mas o volume ainda esteve três vezes maior que o registrado em abril do ano passado. Agentes do setor também esperam que a produção a campo seja incentivada pela queda nos custos de produção e pela melhora da relação de troca. Em abril, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 1,3% na “Média Brasil”, influenciado pela retração nos preços do concentrado. Com isso, o poder de compra do produtor frente ao milho teve uma melhora de 4% de março para abril. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.