22/Mai/2023

Confirmando as expectativas dos agentes do setor, os preços dos derivados lácteos subiram em abril, sobretudo por conta da valorização do leite cru no campo, devido ao avanço da entressafra, à redução da oferta e à concorrência acirrada entre os laticínios por fornecedores. Apesar da demanda ainda enfraquecida, o encarecimento da matéria-prima fez com que os laticínios repassassem as altas do campo para os lácteos. Esse movimento foi generalizado no setor, mas aconteceu com maior intensidade a partir da segunda quinzena do mês.

Em São Paulo, no atacado, os preços do leite em pó (400g), do queijo muçarela e do leite longa vida (UHT) subiram 1,6%, 4,9% e 9,5%, respectivamente, fechando o mês de abril com médias de R$ 30,99 por Kg, de R$ 31,80 por Kg e de R$ 4,83 por litro, na mesma ordem. O mesmo cenário altista foi observado na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo) e para todos os derivados lácteos. Leite pasteurizado, queijo prato e manteiga (200g) registraram médias de R$ 4,31 por litro, de R$ 35,07 por Kg e de R$ 41,61 por Kg, respectivamente, altas de 2,5%, 2,9% e 1,8%, na mesma ordem.

Na primeira quinzena de maio, houve forte pressão dos canais de distribuição para diminuição dos preços dos lácteos devido à retração da demanda. Os preços do leite em pó (400g) e do leite UHT caíram 2,5% e 1,5% em relação a abril, chegando a R$ 30,20 por Kg e a R$ 4,76 por litro, respectivamente. Contudo, o queijo muçarela registrou alta de 1%, fechando a quinzena à média de R$ 32,12 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.