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19/Mai/2023

Brasil: zoneamento de áreas livres de Gripe Aviária

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o governo federal, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e de outros órgãos, está trabalhando no levantamento de informações relacionadas a regiões produtoras de carne de frango para, no momento que se fizer necessário, declará-las zonas livres de gripe aviária. O governo já está preparando e tem todas as informações das regiões produtoras. Não é preciso, por ora, estabelecer as zonas livres no Brasil porque todo o País ainda é considerado livre da doença, pelas regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A declaração de zonas livres de gripe aviária será necessária caso, em algum momento, for detectada a infecção pelo vírus em uma ave do sistema industrial, em plantéis comerciais. Neste caso, após a identificação do foco da doença, será necessário isolar a área dentro de determinado raio para declarar que zonas produtoras distantes do foco de infecção seguem livres da doença. Dos mais de 150 países para os quais o Brasil exporta carne de frango, mais de 130 reconhecem os princípios da regionalização e da zona livre de gripe aviária.

Se fosse, por exemplo, detectada a doença em uma ave do sistema de produção no Espírito Santo; o governo poderia dizer que os Estados da Região Sul são zonas livres de gripe aviária. Isso não fecha o comércio e permite continuar com a exportação. Dentre os países que ainda não reconhecem o princípio da regionalização de áreas livres de gripe aviária e que têm maior relevância para as exportações brasileiras estão Japão, México, Coreia do Sul e África do Sul. Os dois primeiros dizem, informalmente, que só aceitarão o conceito quando for reportado o primeiro caso industrial de gripe aviária, já que hoje todo o País é considerado livre da doença.

Foi reiterada a importância da agilidade das respostas, por parte do governo, aos países que solicitarem informações sobre o tema. Também se falou de reforços, por parte do governo e da cadeia industrial, de ações para evitar o contágio de aves em plantéis comerciais. O governo está fazendo a parte dele, está fazendo tudo o que precisa ser feito. E o setor está elevando o nível de cuidado. Do lado industrial, a ABPA tem reforçado a comunicação, para a cadeia produtiva, das ações de prevenção do contágio, como reforço de telas que protegem os aviários, revisão de telas de contenção, utilização de uma roupa exclusiva para entrar no aviário e até medidas mais simples, como trocar de sapato antes de entrar no local.

Todos esses elementos, juntos, fizeram o Brasil ser livre de gripe aviária até agora. A partir de janeiro, foram reforçados ainda mais os protocolos de segurança. Desde o início do ano vêm sendo identificados casos de gripe aviária em países vizinhos. O mundo vive uma pandemia de Influenza Aviária de alta patogenicidade (IAAP), mas, mesmo em países onde casos já foram detectados no sistema industrial, eles continuam exportando produtos a partir de regiões declaradas livres da doença.

Na próxima semana, a OMSA realiza sua 90ª Assembleia Geral em Paris, na França, focada em gripe aviária, à qual a APBA enviará sua diretora técnica. O mais importante é preservar os plantéis. O Brasil tem duas responsabilidades, fornecer comida para os brasileiros, e, hoje, 68% do que se produz (de carne de frango) fica no Brasil, e continuar fornecendo para mais de 150 países; alguns dependem do Brasil para o seu fornecimento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.