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18/Mai/2023

Suíno: preços estão em alta com demanda aquecida

O poder de compra do suinocultor vem registrando forte avanço nesta parcial de maio, impulsionado pela elevação do valor pago pelo suíno posto na indústria e, sobretudo, pelas consecutivas quedas nas cotações dos principais insumos utilizados na nutrição dos suínos (milho e farelo de soja). Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo registra média de R$ 6,80 por Kg na parcial de maio, alta de 3,2% frente à média de abril. Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno é comercializado à média de R$ 6,49 por Kg neste mês, pequeno avanço de 1,7% sobre a média de abril.

A sustentação vem do aumento da procura por carne suína no início deste mês, que motivou frigoríficos a demandarem novos lotes de suínos para abate. No mercado de milho, o desenvolvimento das lavouras da 2ª safra de 2023 está satisfatório, e estimativas oficiais seguem apontando colheita recorde do cereal. Nesse cenário, os vendedores estão mais flexíveis nos valores de negociação, enquanto os compradores postergam as aquisições, à espera de desvalorizações mais intensas. Assim, na parcial de maio, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas/SP) do milho tem média de R$ 61,03 por saca de 60 Kg, recuo de 18,5% frente à média de abril.

No mercado de lotes da região de Chapecó (SC), o cereal é comercializado à média de R$ 64,50 por saca de 60 Kg neste mês, desvalorização de 17,2% em relação à de abril. Quanto ao farelo de soja, uma parte dos suinocultores e avicultores indica estar abastecida para médio prazo, ao passo que outra parcela sinaliza ter feito contratos longos, sem necessidade de adquirir novos volumes. Com isso, o derivado é negociado em Campinas (SP) à média de R$ 2.261,29 por tonelada em maio, retração de 6% em relação à média registrada no mês passado. Em Chapecó (SC), o farelo é comercializado à média de R$ 2.267,52 por tonelada neste mês, queda de 7,1% em relação a abril.

Logo, considerando-se o suíno negociado na região produtora de São Paulo e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor de São Paulo pode comprar 6,7 Kg de milho com a venda de 1,0 Kg de suíno neste mês de maio, quantidade 25,2% maior que a de abril. De farelo de soja, o suinocultor consegue comprar 3,01 Kg, 9,8% a mais que em abril. Na comparação do suíno comercializado na região oeste de Santa Catarina com os insumos no mercado de lotes de Chapecó (SC), é possível ao pecuarista a compra de 6,05 Kg de milho com a venda de 1,0 Kg de suíno na parcial de maio, 22,5% a mais que no mês anterior. Em relação ao farelo de soja, o suinocultor pode comprar 2,86 Kg, volume 9,4% superior ao adquirido em abril. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.