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16/Mai/2023

Boi: preços seguem sob pressão das escalas longas

A negociação de gado terminado no mercado físico do boi gordo ainda é fraca, com aquisições pontuais pelos frigoríficos. As escalas, em geral, estão preenchidas e o escoamento para o mercado doméstico é irregular. Assim, a indústria reduz a pressão de compra e testa preços mais baixos para o boi gordo. Por outro lado, os pecuaristas avaliam a melhor forma de dar continuidade à terminação da boiada, considerando pastagens já degradadas pela seca e os custos com nutrição animal nos confinamentos. A melhora na disponibilidade de bois prontos para abate faz com que as empresas cubram as escalas para cerca de 11,6 dias úteis no Pará.

Minas Gerais está na segunda posição, com frigoríficos capazes de atender a até 11,3 dias úteis. A situação é mais apertada em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, com escalas de 5 e 7 dias úteis, respectivamente. Em São Paulo, as cotações seguem praticamente estáveis, com leve oscilação, a depender dos acordos feitos em cada região. O boi gordo está cotado R$ 254 por arroba à vista. Em Tocantins, a cotação é de R$ 219,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, as escalas ainda não estão tão confortáveis.

Este fator é sustentado pela cautela em relação ao ritmo de absorção da produção, tanto no consumo doméstico como para a produção voltada para atender o mercado externo. Em São Paulo, no atacado, o melhor escoamento da carne devido ao Dia das Mães e pagamento dos salários, colabora para o aumento de preços. A cotação da carcaça de bovinos inteiros, por exemplo, aumentou 5,2% nos últimos sete dias, precificada a R$ 16,22 por Kg. Agora, a expectativa para os próximos dias é que, devido à menor demanda pela carne no mercado interno, passado o Dia das Mães e com a entrada da segunda quinzena de maio, o escoamento volte a enfraquecer e os preços tenham reajustes negativos.