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11/Mai/2023

Leite: o panorama da disponibilidade no Mercosul

O Brasil é tipicamente um país importador de leite. Cerca de 90% dos lácteos importados pelo País vêm do Mercosul, principalmente da Argentina e do Uruguai. Adversidades climáticas em algumas localidades, em decorrência do fenômeno La Niña, diminuiu o volume de chuvas e elevou as temperaturas em algumas regiões, como no Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. No final de 2022 e início de 2023, a Argentina alcançou uma posição de destaque como a região mais quente do mundo, com regiões enfrentando níveis de chuva abaixo da média e temperaturas acima do esperado.

Além dos desafios climáticos, a Argentina, enfrenta dificuldades relacionadas aos custos de produção e à concorrência com outras culturas, como a soja. Isso tem levado a um aumento no número de produtores abandonando a produção de leite. Nesse contexto, há um consenso de que a produção de leite da Argentina deve diminuir entre 3% e 5% em 2023. Alguns dados de produção de leite na região já sinalizam retração para este ano. Diante da redução na produção da Argentina e do Uruguai, há preocupação com a possível escassez de leite para o envio ao Brasil.

Mas, mesmo com oferta mais enxuta, o Brasil deverá permanecer sendo prioridade para envio de produtos lácteos pelo Mercosul, isso porque, o País que paga mais pelos lácteos atualmente. Entretanto, a menor disponibilidade deve limitar crescimento dos envios ao Brasil. Ter o conhecimento da disponibilidade de leite e dos preços dos derivados lácteos no Mercosul proporcionam uma melhor análise da competitividade das importações, que impactam na disponibilidade e nos preços do leite no mercado interno. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.