09/Mai/2023

O mercado físico do boi gordo deve permanecer lento nesta semana. As programações de abate estão mais longas, o que reduz a pressão de compra. Além disso, os frigoríficos aguardam a evolução do consumo doméstico de carne bovina para retomarem as compras de forma mais ativa. O que permitiu maior avanço nas programações foi a melhora na oferta de gado terminado, provocada pela chegada do tempo seco em algumas regiões produtoras.

O fim da temporada de chuvas tem forçado pecuaristas a retirar os bovinos das pastagens. Somado a isso, os custos de nutrição elevados para a terminação intensiva e os preços fracos do animal os incentiva a direcionar a boiada ao mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 256,00 por arroba à vista e a R$ 258,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, a cotação do boi gordo é de R$ 224,00 por arroba a prazo, refletindo as escalas de abate confortáveis na região.

A safra de capim caminhando para o fim e a presença do fenômeno El Niño, com temperaturas mais elevadas e baixa pluviometria, devem pressionar a entrega de boiadas nos próximos dias e manter o viés de baixa. Soma-se ao quadro, a relutância na entrega de boiadas oriundas de capim durante o período de auto embargo à exportação, levando a um represamento momentâneo que, atualmente, resultou na entrega concomitante do gado. Em São Paulo, no atacado, os preços estão estáveis. O traseiro segue negociado a R$ 21,10 por Kg. A expectativa está para o próximo fim de semana, com o Dia das Mães.