27/Abr/2023

Segundo o Itaú BBA, o mercado físico de boi gordo deve continuar registrando oferta confortável nos próximos 30 dias. A boa condição das pastagens permite ao pecuarista segurar os bovinos no pasto e assim evitar uma pressão ainda maior sobre os preços do boi gordo. Vale lembrar que, estruturalmente, é um ano de maior volume de gado para abate, sobretudo de fêmeas. Ressalta-se que a maior oferta de bezerros e, consequentemente, a pressão sobre o preço da cria continuarão desestimulando a retenção de matrizes. Em relação à demanda, a expectativa é de que os embarques ao mercado internacional sejam positivos. A variável chave é o preço de embarque.

Caso não pare de cair, será difícil observar uma melhora das cotações do boi gordo no mercado físico, dado que o spread apertado da exportação restringe o interesse dos frigoríficos em melhorar as ofertas de preço pelo boi terminado. Por outro lado, a queda dos preços dos grãos e da reposição neste ano implicarão em um custo menor do bovino terminado em confinamento. Neste mês, o custo está 20% menor que em abril/2022. Ainda que a pressão negativa nos contratos futuros do boi negociados na B3 tenha recuado ao longo das últimas semanas, os preços continuam levemente positivos. É razoável que, um pouco mais adiante, passado o período de pico de safra, seja observada melhora do mercado futuro, já que sob a ótica da arroba engordada (custo ração) o viés é baixista. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.