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27/Abr/2023

Boi: aumento da oferta pressionando as cotações

A suspensão dos envios de carne bovina à China, maior destino da proteína brasileira, entre fevereiro e março deste ano fez com que agentes da indústria e pecuaristas montassem estratégias de comercialização. Do lado dos frigoríficos, muitas unidades ficaram com as escalas de abate alongadas entre fevereiro e março, o que, por sua vez, trouxe impactos na formação de preços do boi gordo. Do lado vendedor, a proximidade do final de safra tem levado parte dos pecuaristas a elevar a oferta de bois para abate, sobretudo os que são criados no pasto.

Aqui ressalta-se que, em alguns casos, nem mesmo os menores custos de alimentação limitam a oferta de bois para abate, o que tem por justificativa a incerteza quanto aos preços do boi gordo no médio e longo prazos. Diante disso, entre abril/2022 e abril/2023, o boi gordo negociado em São Paulo registra recuo de 12,75%, em termos reais, com a média deste mês de abril a R$ 287,72 por arroba. Na B3, os contratos futuros do boi gordo vêm operando entre R$ 262,00 e R$ 277,00 por arroba até o encerramento deste ano.

O ano se mostra desafiador em termos de preços recebidos pelo boi gordo, principalmente para o primeiro giro do confinamento, entre maio e agosto. Além disso, incertezas econômicas e sanitárias também geram apreensão entre agentes de mercado, reforçando os desafios. Assim, uma boa rentabilidade da atividade pecuária passará por adequados controles de gastos e gestão de preços. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.