27/Abr/2023

A Associação Irlandesa de Cooperativas de Laticínios produziu um retrato do setor lácteo da União Europeia (UE), com alguns números muito interessantes:

- A UE-27 é o maior produtor mundial de leite de vaca, responsável pela produção de 154,1 milhões de toneladas em 2021, 20,7% da oferta mundial de leite.

- O bloco europeu é seguido pela Índia (108,3 milhões de toneladas), Estados Unidos (102,6 milhões de toneladas), China (37,3 milhões de toneladas) e Brasil (36,4 milhões de toneladas), que junto com a União Europeia são os Top 5 (5 principais produtores de leite do mundo).

- A maior parte do leite produzido globalmente é consumida localmente. Por exemplo, praticamente toda a produção de leite da Índia é consumida internamente.

- A União Europeia também é o maior exportador mundial de produtos lácteos e ingredientes, com 20,85 milhões de toneladas em equivalente leite em 2021 (31,1% do comércio mundial). Em seguida vem a Nova Zelândia com 20,21 milhões de toneladas (30,2% do comércio mundial) e que exporta praticamente toda a sua produção e os Estados Unidos com 9,39 milhões de toneladas (14%). Esses três países são responsáveis por 75% do comércio mundial.

- A Alemanha com 31,9 milhões de toneladas e a França com 24 milhões de toneladas foram os principais produtores de leite da Europa em 2022.

- O valor da produção de leite na União Europeia em 2022 aumentou 36% em relação ao ano anterior, em linha com o aumento dos preços mundiais das matérias-primas em 2022, ultrapassando € 72,3 bilhões (US$ 80 bilhões). A produção de leite da União Europeia permaneceu estável em 2022, em um cenário de preços recordes do leite e custos de insumos agrícolas muito altos.

- Os custos da alimentação animal (o principal fator de custo na União Europeia) estão estáveis. Os preços do leite cru aumentaram constantemente por dois anos, atingindo uma média de US$ 0,62 por Kg, mas as perspectivas mudaram rapidamente e há um horizonte muito mais desafiador em 2023. A oferta de leite na União Europeia aumentou todos os meses desde setembro de 2022 e a inflação dos alimentos está afetando a demanda por produtos lácteos.

Fonte: Agrodigital. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.