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26/Abr/2023

Suíno: China vai reduzir importação no 2º trimestre

Segundo o Rabobank, a importação de carne suína pela China deve recuar no segundo trimestre de 2023, após a alta de 36% das aquisições durante o primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado. A projeção se dá pela perspectiva de aumento nos estoques após a fraca demanda no início do ano, além dos preços mais elevados da commodity nos países exportadores. A Espanha segue como principal fornecedor para China, correspondendo a 26% do total de carne embarcada ao país asiático. Na sequência está o Brasil, com 21%. É esperado que o Brasil ganhe participação neste cenário, já que novas plantas de suínos no País foram habilitadas pelo governo chinês.

No Brasil, a produção crescerá de 1% a 2% em 2023. A expectativa é positiva sobre as exportações brasileiras, com a perspectiva de retomada da demanda chinesa. A China continua sendo o maior importador, com aumento de 38% nos volumes adquiridos no acumulado do ano, representando 44% do total exportado. Em relação ao consumo mundial da proteína, o crescimento econômico mais fraco pode contribuir com a demanda. Em uma economia em desaceleração, a carne suína permanece bem posicionada, apesar dos preços persistentemente altos. Sobre a disponibilidade de ração, a oferta de grãos segue historicamente restrita, com uma colheita decepcionante da Argentina, que poderá ser compensada parcialmente pela safra recorde do Brasil em 2023, deixando os estoques globais de ração em níveis historicamente baixos.

A saúde e a produtividade do rebanho podem melhorar. Pequenos surtos de peste suína africana (PSA) na União Europeia e na Coreia do Sul, além das perdas divulgadas na China, estão contribuindo com melhorias na biossegurança, genética e saúde do rebanho, que estão começando a aumentar a produtividade em algumas regiões. No entanto, qualquer déficit na oferta de carne suína chinesa por causa de surtos de PSA interromperia a indústria global e levaria a uma alta acentuada nos preços, apesar de a oferta global da proteína parecer suficiente. No entanto, uma rápida melhora na produtividade pode resultar em excesso de oferta e exigir novos ajustes da indústria. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.