19/Abr/2023
Segundo relatório elaborado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), a seca teve um impacto profundo no setor primário de lácteos do Uruguai. Menor faturamento e maiores custos de suplementação se traduziram em prejuízos de US$ 136 milhões. Em sua metodologia para estimar o impacto, o Inale considerou, por um lado, o aumento dos custos devido à maior suplementação e, por outro, o menor faturamento devido às perdas de produção.
O impacto da seca com base em um modelo específico que tomou como referência o Inale, mostra que o custo por litro para maior suplementação chega a US$ 0,54 por litro. Se extrapolar essa perda de US$ 0,54 por litro para os 2,089 bilhões de litros de leite em todo o país, daria uma perda total estimada de US$ 113 milhões ao nível do setor primário da cadeia leiteira. A isso se soma o menor faturamento devido às perdas de produção. Embora a produção de leite tenha resistido em janeiro, em fevereiro registrou queda de 9,3% no país.
Sem o período seco, esperava-se uma produção de 2,096 bilhões de litros e com o período seco, 2,034 bilhões de litros. Isso significa uma perda de 61 milhões de litros. Com base no preço esperado, estima-se que haverá uma perda de faturamento de US$ 23 milhões em consequência da seca (61 milhões de litros por US$ 0,37/litro). Com perdas de US$ 113 milhões devido a custos mais altos e US$ 23 milhões devido à menor produção, as perdas totais seriam da ordem de US$ 136 milhões. Fonte: Blasina y Asociados. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.