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18/Abr/2023

Gripe Aviária: EUA e Europa planejando vacinação

Para interromper o devastador surto global de gripe aviária que matou mais de 100 milhões de aves, os Estados Unidos e a Europa estão adotando uma tática que diversos países resistem há muito tempo: vacinas. Grupos representantes de empresas avícolas norte-americanas historicamente se opõem à vacinação de aves por preocupações de que a inoculação possa colocar em risco o comércio. Também há dúvidas sobre a logística e o custo da administração das injeções que devem ser injetadas em cada pintinho ou ovo. Segundo o Conselho de Exportação de Aves e Ovos dos Estados Unidos, tradicionalmente, os países não negociam com países que vacinam. As objeções vão desde a preocupação de que algumas aves vacinadas ainda fiquem doentes até o alto custo de vigilância exigido dos lotes após uma rodada de vacinação.

O Conselho Nacional de Frangos, que representa empresas que produzem cerca de 95% dos frangos norte-americanos criados para a produção de carne, se opõe à vacinação porque ameaçaria US$ 5 bilhões em exportações anuais de frangos. No entanto, o transtorno sem precedentes deste surto, que matou 58 milhões de aves de criação nos Estados Unidos e está entrando em seu terceiro ano na Europa, levou governos e empresas a buscar opções. Empresas farmacêuticas e de saúde animal, incluindo Zoetis, Ceva Animal Health, Boehringer Ingelheim e Merck & Co., desenvolveram vacinas que estão em fase de teste. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aguarda o resultado de testes de quatro vacinas. Enquanto isso, a França, maior produtora mundial de foie gras, pretende comprar 80 milhões de doses. Cerca de 21 milhões de aves no país foram abatidas no verão passado do Hemisfério Norte e mais de 200 surtos ocorreram até o fim do ano.

O Departamento de Ciência e Pesquisa da empresa francesa Ceva afirmou que países da América do Sul, incluindo Paraguai, Equador e Uruguai, estão prestes a licenciar a vacina contra a gripe aviária da Ceva que usa um vírus inofensivo de peru, modificado para incluir instruções genéticas para produzir hemaglutinina, a proteína da gripe aviária. Mas, segundo a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Geórgia (EUA), apesar das soluções pensadas para as aves de cativeiro, ainda não está claro como parar o vírus entre as aves selvagens, que continuam abrigando e espalhando infecções. É preciso pensar além das galinhas criadas em cativeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.