13/Abr/2023

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os casos de gripe aviária em importantes países produtores de carne de frango devem beneficiar as exportações da proteína brasileira. O Brasil, maior exportador de carne de frango, tende a elevar em 7% seus embarques este ano, para 4,8 milhões de toneladas. A alta será puxada, principalmente, porque o País segue livre da doença e atende a uma ampla gama de produtos para uma variedade de mercados. Se confirmado, o volume representaria um recorde para o Brasil.

Os Estados Unidos, importantes concorrentes do País, devem encontrar certa dificuldade com o mercado externo, já que seus embarques são destinados a mercados de renda média e baixa e, por consequência, mais sensíveis a preços elevados. Preços relativamente mais altos nos Estados Unidos reduzem competitividade abrindo caminho para o Brasil e outros fornecedores aumentarem os embarques. O impacto das restrições por parceiros comerciais em razão da enfermidade em granjas comerciais dos Estados Unidos foi diminuindo com o passar do tempo, já que a determinação, em muitos casos, é limitada para o escopo geográfico, em nível de zona, município ou Estado, ao contrário de uma restrição nacional.

Mas, continuam sendo uma restrição para uma expansão significativa. Embora o preço da ração permaneça elevado, no decorrer do ano o USDA prevê cotações mais baixas para o milho e farelo de soja em 2023. Isso deve impulsionar a produção na maioria dos países. As exportações globais estão previstas em 13,7 milhões de toneladas (+1% em 2023). As exportações da União Europeia devem cair com as restrições relacionadas aos casos de gripe aviária na região. Na mesma linha, os embarques de Argentina e Chile devem ser menores neste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.