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13/Abr/2023

Leite: projetos visam a medição de carbono no RS

O avanço da pecuária leiteira como atividade estratégica nos sistemas produtivos sustentáveis e o balanço da emissão de carbono em sistemas agropecuários estão no foco do trabalho que vem sendo desenvolvido em conjunto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e pela Embrapa Pecuária Sul. Juntas, as entidades darão início a elaboração de uma estratégia com vista à captação de R$ 4 milhões, valor necessário para a aquisição de um conjunto de quatro medidores com os quais será possível iniciar as aferições em rebanhos gaúchos. Para viabilizar a compra, será apresentada uma proposta ao Fundoleite, que também será levado aos parlamentares do Rio Grande do Sul, visando a destinação de recursos através de emendas.

Segundo a Embrapa Pecuária Sul, os equipamentos buscados para dar início ao processo medem os gases metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, opcionalmente, oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) de animais individuais. Também é possível agregar dados de emissões e determinar médias de rebanho. A atuação conjunta das instituições para a descarbonização da produção de leite no Estado, tem como base a expertise já existente no centro de pesquisa com a avaliação do balanço de carbono em bovinos de corte. É um passo inicial para realização de pesquisas que gerem protocolos para redução das emissões por unidade de leite produzida. Foi apresentada a Prova de Emissão de Gases (PEG), metodologia que vem sendo utilizada nas pesquisas que buscam mensurar a emissão de gás metano (CH4) por reprodutores bovinos. O teste visa identificar os bovinos que têm menor emissão de metano considerando cada quilo de alimento consumido e o quilo de peso vivo produzido.

A Embrapa pode contribuir na avaliação dos sistemas de produção leiteira quanto à emissão de Gases de Efeito Estufa, na formação de Unidades de Referência Tecnológica com as boas práticas para se conseguir uma produção de leite com sustentabilidade, de baixo carbono, assim como na capacitação e transferência de tecnologia para os produtores de leite do Rio Grande do Sul. Outra ação prevista é a realização durante a Expointer 2023 de um seminário sobre pesquisa e métodos de medição de carbono em propriedades leiteiras, efetuado por Sindilat/RS e Embrapa. A produção de leite com menor impacto ambiental é uma preocupação que deve dar o tom das linhas de investimentos nos próximos anos. Atento a isso, o setor lácteo do Estado foi um dos primeiros a abrir debate junto ao governo do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e a monetização dos créditos de carbono. Fonte: Sindilat/RS. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.